Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Januário José
Santos, lavrador e sanfoneiro, e de Ana Batista de Jesus, agricultora e dona de
casa. Nasceu na cidade de Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912. Desde
criança se interessou pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava
tocando zabumba e cantando em festas religiosas, feiras e forrós.
Saiu de casa em 1930 para servir o exército como voluntário,
mas já era conhecido como sanfoneiro. Viajou pelo Brasil como corneteiro e, de
vez em quando se apresentava em festas, tocando sanfona. Deu baixa em 1939 e
foi morar no Rio de Janeiro, levando sua primeira sanfona nova.
Prosseguiu fazendo programas de rádios, que estavam no auge
e tinham artistas contratados. Trabalhou na Rádio Clube do Brasil e na Rádio
Tamoio, e prosseguia gravando seus mais de 50 solos de sanfona. Em 1943, já na
Rádio Nacional, passou a se vestir como vaqueiro nordestino e começou a
parceria com Miguel Lima, que colocou letra em "Vira e mexe",
transformando-a em "Chamego", com bastante sucesso. Nessa época,
recebeu de Paulo Gracindo o apelido de Lua.
Prosseguiu fazendo programas de rádios, que estavam no auge e tinham artistas contratados. Trabalhou na Rádio Clube do Brasil e na Rádio Tamoio, e prosseguia gravando seus mais de 50 solos de sanfona. Em 1943, já na Rádio Nacional, passou a se vestir como vaqueiro nordestino e começou a parceria com Miguel Lima, que colocou letra em "Vira e mexe", transformando-a em "Chamego", com bastante sucesso. Nessa época, recebeu de Paulo Gracindo o apelido de Lua.
Passou a tocar nos mangues, no cais, em bares, nos cabarés
da Lapa, além de se apresentar nas ruas, passando o chapéu para recolher
dinheiro. Começou a participar de programas de calouros, inicialmente sem
êxitos, até que, no programa de Ary Barroso, na Rádio Nacional, solou uma
música sua, "Vira e mexe", e ficou em primeiro lugar. A partir de
então, começou a participar de vários programas radiofônicos, inclusive
gravando discos, como sanfoneiro, para outros artistas, até ser convidado para
gravar como solista, em 1941.
Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto
Gil, Raul Seixas, Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e
sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as
antológicas canções Baião (1946), Asa Branca (1947), Siridó (1948), Juazeiro
(1948), Qui Nem Jiló (1949) e Baião de Dois (1950)
Luiz Gonzaga sofria de osteoporose há alguns anos. Morreu
vítima de parada cardiorrespiratória no Hospital Santa Joana, na capital
pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte (a contragosto de
Gonzaguinha, que pediu que o corpo fosse levado o mais rápido possível para
Exu, irritando várias pessoas que iriam ao velório e tornando Gonzaguinha
"persona non grata" em Juazeiro do Norte) e posteriormente sepultado
em seu município natal.
Por: Filipe Alves
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